Por muito tempo tentei fazer com que tudo fosse diferente, com que as coisas fossem melhores para mim, com que minha vida tivesse sempre um sentido. Talvez tudo o que eu tenha tentado tenha sido em vão, talvez tudo o que fiz tenha sido pouco ou ainda, talvez algo tenha sido útil e eu não percebi. Pode até ser que eu tenha aprendido alguma coisa, que eu tenha aprendido a ter o que muitas vezes eu quis, mas não aprendi a perder o que sempre me fez bem, o que no início me fez feliz. Hoje paro, reflito e descubro que pode ser tarde para qualquer lamentação. É como se eu tivesse construído um magnífico castelo de areia, e um simples vento em questão de segundos tenha destruído todo meu esforço, um esforço de dias, semanas, meses, anos...
E hoje, o que me resta? Melhor não me referir ao que me resta, talvez nada, talvez muito, ou quem sabe não seja o que me resta, mas sim tudo o que tenho. Tudo o que posso afirmar, mas sem muita convicção, é que em mim existe amor. Um amor que pode se transformar em muitos, sem cor, sem raça, sem classe, sem distinção, de diferentes maneiras. É aquele amor amigo, amor fraternal, amor carnal. Tenho tanto amor e às vezes não posso sentir.
Por que tanto amor? Por que tanta dor? Por que tudo é assim?
O que sinto, nem eu mesma sei dizer...
Sei que todo amor que resta em mim, levarei comigo, seguirei adiante não importa se seja nesta vida ou não.
A vida muitas vezes é injusta. Ainda não encontrei respostas, aliás, acho que quando se trata de injustiça não há respostas.
Será que ninguém percebe que é tudo tão estranho?
E por que os bons morrem jovens?
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