Meus dias são sempre os mesmos, não mudam.
Mas hoje é diferente, está sendo diferente e ainda não descobri porque...
Mesmo com algo querendo dilacerar meu coração, acordei com uma vontade imensa de exprimir meus sentimentos pelas pessoas.
Está tudo estranho, diferente. Há instantes em que quero fazer tudo como se fosse o último dia, parece que tudo vai acabar. A cada olhar parece um suspiro. Não me importo com nada, quero apenas demonstrar o que sinto, aqueles que realmente gosto transmito meu afeto, meu sentimento e aqueles que aparentemente me odeiam transmito meu sorriso. Tudo o que tenho medo é do último olhar, do último suspiro, do final de tudo isso. E quando acontecer, como será?
Estou confusa, ao mesmo tempo que quero amar e amar, não quero.
O que se passa comigo?
O que acontece com o mundo?


Não sei de mim, não sei da vida, não sei de mais nada...


"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer: sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não
exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo..."


(Clarice Lispector)






...

Por muito tempo tentei fazer com que tudo fosse diferente, com que as coisas fossem melhores para mim, com que minha vida tivesse sempre um sentido. Talvez tudo o que eu tenha tentado tenha sido em vão, talvez tudo o que fiz tenha sido pouco ou ainda, talvez algo tenha sido útil e eu não percebi. Pode até ser que eu tenha aprendido alguma coisa, que eu tenha aprendido a ter o que muitas vezes eu quis, mas não aprendi a perder o que sempre me fez bem, o que no início me fez feliz. Hoje paro, reflito e descubro que pode ser tarde para qualquer lamentação. É como se eu tivesse construído um magnífico castelo de areia, e um simples vento em questão de segundos tenha destruído todo meu esforço, um esforço de dias, semanas, meses, anos...

E hoje, o que me resta? Melhor não me referir ao que me resta, talvez nada, talvez muito, ou quem sabe não seja o que me resta, mas sim tudo o que tenho. Tudo o que posso afirmar, mas sem muita convicção, é que em mim existe amor. Um amor que pode se transformar em muitos, sem cor, sem raça, sem classe, sem distinção, de diferentes maneiras. É aquele amor amigo, amor fraternal, amor carnal. Tenho tanto amor e às vezes não posso sentir.

Por que tanto amor? Por que tanta dor? Por que tudo é assim?

O que sinto, nem eu mesma sei dizer...

Sei que todo amor que resta em mim, levarei comigo, seguirei adiante não importa se seja nesta vida ou não.

A vida muitas vezes é injusta. Ainda não encontrei respostas, aliás, acho que quando se trata de injustiça não há respostas.

Será que ninguém percebe que é tudo tão estranho?

E por que os bons morrem jovens?

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Apenas um alguém que ama traduzir, ler, escrever, viajar pelo mundo literário, que adora inovar e utilizar a criatividade como solução para desafios.

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I always start a new dream, but things don't change...
The world turns but always returns to the same place.

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